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Orientação Vocacional – Aquilo que falta para tomar uma decisão!

É frequente os jovens recorrerem a um psicólogo para iniciarem um processo de Orientação Vocacional. O mais comum são aqueles que estão no 9º ano e que têm de fazer uma opção relativamente ao agrupamento que vão escolher. Cada vez mais este processo é também procurado por jovens que já se encontram a frequentar o ensino secundário e que têm duvidas em relação à escolha que fizeram do agrupamento ou que até tendo optado pela área certa, têm duvidas na escolha do curso universitário.

Os jovens quando procuram um psicólogo, podem estar em diferentes fases:

  • Estão completamente perdidos e não sabem que decisão tomar em relação à área/curso;
  • Têm uma noção do que querem escolher, mas não estão confortáveis com nenhuma das decisões;
  • O curso que querem seguir não coincide com o que os pais desejariam.

 

Não é invulgar este momento ser vivido com alguma ansiedade pelos jovens e pelas suas famílias e, em muitos casos, acabam por tomar decisões arbitrárias que podem desencadear uma escolha desadequada.

A Orientação Vocacional não traz com ela todas as respostas. Pelo contrário, até pode introduzir muitas perguntas e provocar alguma discussão. Sem isto, o jovem não se torna conhecedor de como é, do que lhe desperta interesse e do que é capaz. Ter dúvidas, é sinal de que se tem muitas certezas e de que se questiona. E é na reflexão, questionamento, exploração e experimentação que o jovem começa a perceber a pessoa que existe em si.

O processo de Orientação Vocacional é isto mesmo, um processo. Algo que o jovem vai sentindo como sendo seu e como sendo da sua responsabilidade. Não é o psicólogo que decide, nem mesmo os pais, são os jovens que têm de ir refletindo sobre o seu percurso, as suas competências escolares, as disciplinas de que gostam mais, as áreas com que mais se identificam, o tipo de trabalho que se vêem a realizar e o tipo de vida que querem para si.

Um dos grandes mitos de quem nunca fez uma Orientação Vocacional, é quebrar a ideia que se vai ao psicólogo, faz-se uns testes e vem-se com um resultado, quase que por magia. O processo implica, de facto, uma parte de aplicação de testes psicológicos que são instrumentos fundamentais para a recolha de informação, mas que por si só não conduzem a uma decisão final. É a relação que se estabelece com o psicólogo que faz a diferença, porque esta deve promover a capacidade de o jovem se interrogar sobre o que quer para si: as diferentes ofertas que um curso pode possibilitar, as dificuldades que podem advir do mundo do trabalho, as diferentes competências que precisa desenvolver (soft e hard skills) e a forma como se quer colocar diante de cada uma destas questões.

Este processo não é simples, sobretudo quando existem muitas dúvidas sobre o caminho a seguir. Contudo, quando bem conduzido, ele constitui uma excelente oportunidade de desenvolvimento pessoal e uma boa ocasião para exercitar a sua capacidade de tomada de decisão consciente e informada, capacidade esta que lhe vai ser útil pela vida fora!

Sónia Garrucho- sonia.garrucho@conforsaumen.com.pt

Sofia Menéres- sofia.meneres@conforsaumen.com.pt

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